As dificuldades das pessoas trans no ensino fundamental e superior
- Cauê Mendes
- 11 de nov. de 2021
- 2 min de leitura

Foto: Acervo Wix
Pelo 12º ano consecutivo, o Brasil é país que mais mata transexuais no mundo. Isso implica consequentemente no bullying causado em escolas e universidades. Para uma pessoa trans, a ingressão no meio estudantil se torna, na maioria das vezes, um verdadeiro inferno. Desde o ensino fundamental, quando uma pessoa já se reconhece como um ser transgênero, fica muito mais complicado a convivência por conta do preconceito de alunos e até mesmo de alguns professores ou superiores da tal gestão. Em meio a violência transmitida diariamente em jornais televisivos, sites e etc. Esse comportamento é recriado em casa, com um comentário homofóbico, uma piadinha sexista, e isso consequentemente implica na ação que a criança irá reproduzir ao longo da sua vida. Na universidade o caso pode ser um pouco menos agressivo, por conta de tudo que envolve a vítima, e a pessoa que a agrediu intencionalmente. Quando um comentário preconceituoso é reproduzido em meio a estudantes de nível superior, na maioria das vezes é brevemente corrigido por um ou dois colegas que entendem do assunto e discordam desse posicionamento. Mas, calma lá! Isso não significa que a homofobia ou transfobia esteja totalmente escassa das universidades. Em alguns casos, jovens são agredidos e até mesmo mortos no caminho ou na própria faculdade. Realmente é um dado alarmante para o nosso país, que podemos consultar em uma matéria do G1, de janeiro deste ano. Associação aponta que 175 pessoas transexuais foram mortas no Brasil em 2020 e denuncia subnotificação.
“Todas as vítimas eram mulheres trans/travestis. Por falta de dados oficiais, casos foram contabilizados a partir de reportagens e relatos de organizações LGBTQIA+", afirmou Luciana de Oliveira.
Como já foi dito a cima, em alguns casos, os professores muitos mal preparados, não sabem lidar com as condições de pessoas trans. Em casos de mudança de nome e indução ao preconceito enraizado na própria sala de aula, a pessoa se sente acuada e sozinha por todos os acontecimentos, e na maioria das vezes até desistem da graduação por conta disso. Quando citado sobre as condições de pessoas transgêneros e transsexuais, não é falado sobre privilégios ou diferenças em nenhum dos dois casos. Pessoas trans querem apenas serem respeitados(a). Seja na sua escola, na faculdade, no seu trabalho. Tudo começa com um simples gesto. Como posso te chamar? Gosta de ser chamado(a) de tal forma? O que posso fazer para te ajudar nas questões de adaptação? Isso são termos que basicamente deveriam ser expressados pelos professores de escolas e universidades, públicas ou privadas sem nenhuma exceção.
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