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Brasil está no ranking dos países que menos praticam exercícios físicos

  • Foto do escritor: 071 News
    071 News
  • 29 de dez. de 2023
  • 6 min de leitura

No epicentro da inatividade global, o Brasil lidera o ranking dos países com menor engajamento em atividades físicas, com uma média semanal ínfima de 3 horas

Foto: Reprodução

O Brasil enfrenta um desafio de proporções alarmantes no que diz respeito à prática de exercícios físicos, revelando-se como líder indesejado no ranking dos países que menos se dedicam a atividades físicas.


Com uma média de apenas 3 horas por semana, a população brasileira se vê às voltas com o sedentarismo, um problema de saúde pública que transcende fronteiras. Uma pesquisa revelou que 31% dos entrevistados admitiram não dedicar nenhum tempo à prática de exercícios, enquanto 42,6% limitaram suas atividades físicas a tarefas relacionadas ao trabalho no ano de 2019.


Esta pauta não apenas ilumina a preocupante realidade da inatividade física no país, mas também destaca os impactos diretos sobre a saúde e o bem-estar da população. O sedentarismo é um fator de risco para uma miríade de problemas de saúde, desde doenças cardíacas até diabetes e obesidade, além de desencadear questões mentais como ansiedade e depressão. 


Neste cenário, a posição do Brasil nesse ranking não é apenas uma estatística, mas um chamado urgente para a implementação de políticas públicas que incentivem e facilitem a adoção de um estilo de vida mais ativo.


Assim, preparamos este artigo, que busca jogar luz sobre a urgência de uma abordagem abrangente para enfrentar o sedentarismo no Brasil. Ao explorar as estatísticas preocupantes e seus impactos na saúde da população, a discussão não se limita a números, mas busca inspirar uma reflexão crítica sobre a necessidade premente de medidas eficazes que promovam a prática regular de exercícios físicos no país.


Confira mais detalhes com a leitura a seguir!

 

Desvendando o sedentarismo no Brasil


O baixo índice de atividade física na população brasileira é um fenômeno complexo com raízes em diversos fatores interligados. Um estudo da FGV destaca que idade, renda e a ausência de atividade física estão intrinsecamente associados à crescente prevalência da obesidade no Brasil. 


A pesquisa revela que esses elementos desempenham papéis significativos na formação de hábitos sedentários, contribuindo para a falta de engajamento em atividades físicas regulares. 


A questão da idade sugere que diferentes grupos etários podem enfrentar desafios específicos, enquanto a influência da renda aponta para disparidades socioeconômicas que impactam o acesso a oportunidades de exercício. 


Como a falta de acesso a espaços adequados para a prática esportiva impacta as comunidades de baixa renda


A falta de acesso a espaços adequados para a prática esportiva é um problema que afeta principalmente as comunidades de baixa renda. Essas comunidades, muitas vezes, estão localizadas em áreas urbanas com alta densidade populacional e condições precárias de infraestrutura. 


Isso dificulta o acesso a espaços públicos seguros e adequados para a prática de atividades físicas.


A falta de acesso a espaços esportivos pode ter um impacto negativo na saúde e no bem-estar das pessoas que vivem em comunidades de baixa renda. A atividade física é essencial para a saúde, pois ajuda a prevenir doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer. 


Além disso, a atividade física pode melhorar a saúde mental, reduzir o estresse e o risco de obesidade.


A falta de acesso a espaços esportivos também pode dificultar a inclusão social. A prática esportiva é uma forma de lazer e socialização que pode ajudar as pessoas a se conectarem com outras e construir relacionamentos. Sem acesso a espaços esportivos, as pessoas de comunidades de baixa renda podem ficar excluídas dessas atividades.

 

Quais medidas podem ser tomadas para promover a inclusão nas áreas de baixa renda?

Existem diversas medidas que podem ser tomadas para promover a inclusão nas áreas de baixa renda. Algumas dessas medidas incluem:


Construção de espaços esportivos públicos


O governo pode investir na construção de espaços esportivos públicos em áreas de baixa renda. Esses espaços devem ser seguros, acessíveis e adequados para a prática de diversas atividades físicas.


Oferta de programas de incentivo à atividade física


O governo e organizações privadas podem oferecer programas de incentivo à atividade física em áreas de baixa renda. Esses programas podem incluir aulas de esportes, atividades recreativas e eventos esportivos.


Educação para a saúde


É importante educar as pessoas sobre os benefícios da atividade física. Isso pode ser feito por meio de campanhas de conscientização, programas educacionais e parcerias com organizações comunitárias.


Além dessas medidas, é importante também considerar as necessidades específicas das comunidades de baixa renda. Por exemplo, os espaços esportivos devem ser projetados de forma a atender às necessidades de pessoas com deficiência e idosos. 


Além disso, os programas de incentivo à atividade física devem ser adaptados às realidades das comunidades de baixa renda.

Ao tomar medidas para promover a inclusão nas áreas de baixa renda, o governo e a sociedade civil podem contribuir para melhorar a saúde, o bem-estar e a inclusão social dessas comunidades.

 

Envelhecimento precoce e qualidade de vida na terceira idade: o impacto da inatividade física

Na jornada do envelhecimento, a falta de atividade física emerge como uma sombra indesejada, lançando-se sobre a qualidade de vida na terceira idade. 


Esse estilo de vida sedentário, cada vez mais comum em nossa sociedade, traz consigo uma série de consequências, transformando-se em bilhete de primeira classe para o envelhecimento precoce.


Desaceleração acelerada


A ausência de exercícios físicos não é apenas uma questão estética, mas sim um acelerador silencioso do envelhecimento. Músculos que não são desafiados, ossos que não suportam peso e articulações que raramente se movem tornam-se terrenos férteis para a perda de função e mobilidade. Resultado? Um corpo envelhecido antes do tempo, roubando anos valiosos da vitalidade que poderia ser desfrutada na terceira idade.


O combate à fragilidade


A inatividade física é o aliado perfeito da fragilidade. À medida que os anos avançam, os músculos enfraquecem, tornando-se menos capazes de suportar os desafios diários. Essa fragilidade não é apenas uma questão de resistência física, mas também afeta a capacidade de lidar com contratempos, colocando em xeque a autonomia e independência tão preciosas nessa fase da vida.


O declínio cognitivo à espreita


Não são apenas os músculos e ossos que sentem o impacto da inatividade; o cérebro também está na linha de fogo. Estudos sugerem que a falta de exercícios pode acelerar o declínio cognitivo, contribuindo para doenças como demência e Alzheimer. 


Manter-se ativo não é apenas uma questão de manter um corpo ágil, mas também de preservar a clareza mental e a saúde cerebral.

 

Além disso, o envelhecimento precoce pode trazer consigo mudanças significativas como: 

• Alterações na aparência física;

• Perda de massa muscular e óssea, rugas e cabelos grisalhos;

• Dificuldades de locomoção, como perda de equilíbrio e coordenação;

• Problemas de memória e cognição;

• Aumento do risco de quedas e fraturas.



Principais fatores que contribuem para o aumento da obesidade entre crianças e adolescentes no país


A obesidade é um problema de saúde pública que afeta crianças e adolescentes em todo o mundo. Em 2020, os registros nutricionais brasileiros da Atenção Primária à Saúde do SUS destacam que 15,9% das crianças com menos de 5 anos e 31,8% da faixa etária entre 5 e 9 anos exibiam excesso de peso. 


Desses grupos, 7,4% e 15,8%, respectivamente, foram identificados com obesidade, utilizando o Índice de Massa Corporal (IMC) ajustado à idade. 

Existem diversos fatores que contribuem para o aumento da obesidade entre crianças e adolescentes. Alguns dos principais fatores incluem:


Mudanças nos hábitos alimentares


O consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras e sódio, tem aumentado entre crianças e adolescentes. Esses alimentos são mais calóricos e menos nutritivos do que os alimentos naturais.


Falta de atividade física


As crianças e adolescentes estão cada vez mais sedentários. O uso de tecnologias, como computadores, tablets e smartphones, tem substituído as brincadeiras e atividades físicas ao ar livre.


Fatores genéticos


A obesidade pode ter uma predisposição genética. No entanto, os fatores ambientais, como os hábitos alimentares e a atividade física, são os principais determinantes da obesidade.


Fatores socioeconômicos


A obesidade é mais prevalente em crianças e adolescentes de famílias de baixa renda. Isso pode ser devido a uma série de fatores, como acesso limitado a alimentos saudáveis, falta de espaços seguros para a prática de atividade física e menor escolaridade dos pais.


Para combater o aumento da obesidade entre crianças e adolescentes, é importante tomar medidas que promovam hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividade física. 

Parceiros na saúde: o papel da família e escola na prevenção da obesidade infantil


O lar é o primeiro espaço para cultivar hábitos saudáveis. Quando os pais se tornam modelos de vida ativa, incorporando atividades como as realizadas em esteiras elétricas em suas rotinas, estão semeando a importância do exercício e da saúde para os filhos. Essa abordagem não apenas promove a atividade física, mas também estabelece a saúde como uma prioridade.


A nutrição é fundamental na prevenção da obesidade. Envolvendo as crianças na preparação de refeições saudáveis, cria-se consciência e uma relação positiva com alimentos nutritivos. 


Nas escolas, a promoção de hábitos saudáveis vai além das aulas de educação física. Integrar conceitos de saúde e nutrição no currículo, incorporando atividades que envolvem movimento, desde esportes tradicionais até a exploração de tecnologias modernas, é fundamental para uma compreensão holística da importância das escolhas saudáveis.


A união entre família e escola é um catalisador poderoso na promoção de hábitos saudáveis.

Por fim, vale ressaltar que os riscos à saúde associados à inatividade física não escolhem classe social nem região geográfica. O Brasil, com sua diversidade única, enfrenta uma batalha comum contra a deterioração da saúde decorrente do sedentarismo.


As disparidades econômicas podem influenciar o acesso a instalações esportivas, mas a falta de atividade física transcende barreiras socioeconômicas, afetando pessoas de todas as origens.

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