Daniel Alves nega estupro e aguarda veredito da Justiça espanhola

O ex-lateral da seleção brasileira é acusado de agredir sexualmente uma mulher em uma boate em Barcelona, em 2022

Foto: Getty Images / O lateral-direito foi preso preventivamente em 20 de janeiro de 2023

O ex-lateral da seleção brasileira Daniel Alves está em prisão preventiva há mais de um ano na Espanha, onde responde pela acusação de estupro contra uma mulher em uma boate em Barcelona, em dezembro de 2022. Ele nega o crime e alega que a relação foi consensual.

O julgamento do caso começou na segunda-feira (5) e terminou na quarta-feira (7), com o depoimento do jogador. O tribunal tem 20 dias para anunciar o veredicto, que pode condená-lo a até nove anos de prisão.

Durante o julgamento, a denunciante, que teve a identidade preservada, reforçou que foi agredida sexualmente por Daniel Alves, que a teria arrastado para o banheiro da boate Sutton e a forçado a fazer sexo oral e vaginal. Ela disse que ficou traumatizada e que não confia mais em ninguém. A acusação se baseou em exames periciais que encontraram sêmen do jogador no corpo da vítima, além de imagens da boate que mostraram o brasileiro entrando e saindo do banheiro com a mulher.

A defesa de Daniel Alves, por sua vez, tentou invalidar as provas e pediu a anulação do julgamento, alegando que o jogador foi vítima de um “tribunal paralelo” na imprensa e que não teve direito a um segundo perito. O jogador admitiu que manteve relações sexuais com a denunciante, mas disse que ela consentiu e que ele estava bêbado. Ele também afirmou que mentiu inicialmente para esconder uma traição de sua esposa, a modelo espanhola Joana Sanz.

O caso teve grande repercussão na Espanha, onde Daniel Alves jogou por oito anos, defendendo o Sevilla e o Barcelona. Ele também teve passagens pelo Paris Saint-Germain, na França, e pelo São Paulo, no Brasil. Ele é considerado um dos melhores laterais-direitos da história do futebol e foi campeão da Copa América com a seleção brasileira em 2019.